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Uma voz previamente gravada indica as gravações efectuadas no Meo.

O serviço de televisão paga da PT MEO lançou o Áudio Zapping, "uma funcionalidade de acessibilidade que visa auxiliar cegos e amblíopes a controlar a televisão, mediante o acompanhamento de sons indicativos de cada acção efectuada através do comando MEO", anunciou a operadora em comunicado.

Os clientes com limitações ao nível da visão podem, com o Áudio Zapping, utilizar mais facilmente o serviço Meo e retirar do mesmo um maior proveito, pois uma voz previamente gravada indicará as acções efectuadas no comando Meo, nomeadamente em todas as mudanças de canal, alterações de volume e agendamento de gravações, segundo esclarece a PT.

Para passar a utilizar gratuitamente o Áudio Zapping, o cliente terá de instalar previamente a funcionalidade, para tal sendo apenas necessário ir à área de Configurações no menu do serviço Meo, seleccionar a opção de Serviços e escolher Áudio Zapping.

O Áudio Zapping, disponível de forma gratuita para todos os clientes Meo IPTV com MeoBox DVR, foi desenvolvido em parceria com a PT Inovação e Sistemas e a Fundação PT, contando ainda com a contribuição da Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal (ACAPO).

 

in Económico

Americano, que superou uma profunda depressão pela iminência da perda da visão, criou novas técnicas de pilotagem no bobsled e sagrou-se campeão olímpico em 2010

 

A 130 km/h é difícil observar a paisagem. Como um borrão, as imagens ao redor se perdem em uma confusão de cores e formas. Na pista branca de gelo, porém, a visão perfeita é pré-requisito para competir no bobsled por razões técnicas e de segurança. Mas o piloto que detém o título de campeão olímpico no trenó de quatro desafiou por anos a lógica e os limites de seu esporte. Com uma doença degenerativa nos olhos, Steven Holcomb subiu na hierarquia da equipe dos Estados Unidos mesmo com a visão muito comprometida, beirando a cegueira. Em vez de desistir, o atleta encarou com coragem uma depressão profunda, desenvolveu técnicas alternativas de pilotagem e se arriscou em uma cirurgia pioneira para coroar-se como um dos ícones da Fórmula 1 do gelo em todos os tempos.

Em Sochi, o americano tenta o bicampeonato no bobsled de quatro e seu primeiro título na modalidade de duplas - nas duas primeiras descidas com Steven Langton, fez o terceiro melhor tempo geral: 1m53s18. O SporTV e a Rede Globo transmitem alguns eventos dos Jogos de Inverno ao vivo, e o SporTV.com acompanha as competições, diariamente, em Tempo Real.

bobsled Steven Holcomb (Foto: Getty Images)A vida em borrões: Holcomb vai da quase cegueira ao renovado prazer da velocidade no bobsled (Foto: Getty Images)

 

Em 2001, Holcomb foi diagnosticado com ceratocone, uma doença degenerativa que altera a curvatura da córnea para um formato mais cônico e causa distorções na visão, além de muita sensibilidade à luz. Ex-esquiador alpino, o americano tinha 21 anos e dava os primeiros passos no bobsled. Com um futuro promissor na modalidade – ele se tornaria piloto e testaria o trenó na pista olímpica de Salt Lake City no ano seguinte -, o atleta não aceitou o fato de que a única solução seria passar por um transplante de córnea e visitou 12 especialistas em seis anos. Durante este período, usou apenas lentes de contato corretivas que minimizavam – mas não corrigiam – o dano.

bobsled Steven Holcomb (Foto: Getty Images)Holcomb e o ouro em Vancouver: medalha da superação na carreira e na vida (Getty Images)

Em 2007, enxergando apenas vultos, o piloto recebeu um ultimato: ou operaria ou perderia a visão. A consciência também pesava, já que um erro poderia colocar em risco a integridade dos companheiros com quem dividia o trenó. A decisão pela aposentadoria, no entanto, produziu uma solução caseira. O próprio treinador de Holcomb o apresentou ao Dr. Brian S. Boxer Wachler, que trabalhava com um procedimento inovador chamado C3-R, no qual a riboflavina (vitamina B2) é ativada por ondas de luz. Meses depois de usar a tecnologia, Holcomb passou por um implante de lentes de contato especiais e recuperou 100% da visão. A incrível história virou livro na biografia "Mas agora eu vejo: minha jornada da cegueira ao ouro olímpico".

- Enquanto eu aprendia como dirigir, meus olhos iam lentamente ficando piores, então eu fui me adaptando a dirigir sem ver. Eu acredito que isto me ajudou a me tornar um dos melhores pilotos, porque eu fui forçado a usar outros sentidos e a não acreditar no que eu estava vendo. Eu acho que eu tinha uma vantagem, mas naquela época ainda não sabia. As lutas e dificuldades que enfrentei me fizeram o atleta e a pessoa que eu sou hoje. Meu maior desafio foi mental. Eu passei por uma depressão profunda por muitos anos por causa do meu problema e da inevitabilidade de que eu me tornaria cego e teria que abrir mão de tantas coisas que eu amava na vida. Eu acredito que estes desafios e obstáculos me tornaram um dos adversários mais duros na montanha. Não sou fácil de ser vencido mentalmente, e isso é uma parte importante no bobsled – disse, em entrevista ao GloboEsporte.com.

Steven Holcomb Na Infância (Foto: Reprodução Facebook)Holcomb praticou esqui alpino por 12 anos: assim começou nos esportes de inverno (Foto: Facebook)

Os atributos que fazem de Holcomb um atleta de sucesso também estão ligados a seu porte físico e a outras curiosas experiências fora do mundo do esporte. No que diz respeito à aparência atarracada, o americano possui o biótipo perfeito para a prática do bobsled. Com 1,78m, sua altura não causa problemas para a acomodação no trenó, e os 104kg estão na média ideal para compor o peso total do conjunto de atletas e carrinho. É importante que os competidores sejam muito fortes para empurrar o trenó e dar velocidade na largada e estabilidade durante a descida.

Paralelamente à vida de atleta, o piloto sempre administrou outras atividades profissionais. Por sete anos, Holcomb foi membro das Forças Armadas Americanas e, treinado para atuar como engenheiro de combate, lidava com obstáculos e demolições. Foi assim até conseguir a transferência para uma unidade militar chamada Programa de Atletas de Nível Mundial (WCAP, na sigla em inglês), onde pôde finalmente se dedicar mais à carreira no bobsled.

Steven Holcomb No Serviço Militar (Foto: Reprodução Facebook)A foto oficial de Steven Holcomb no Serviço Militar dos Estados Unidos (Foto: Reprodução Facebook)

- O primeiro trabalho era muito excitante, mas muito perigoso também. Depois fui autorizado a manter meu status atlético e colocado na WCAP. Ali era meu trabalho e minha ordem competir no mais alto nível e ganhar um ouro nas Olimpíadas. Eu acredito que o treinamento que recebi como militar fez de mim um atleta melhor. Aprendi a ter muita disciplina mas, acima de tudo, o quão forte eu poderia ser e o quanto eu poderia suportar enquanto pessoa. Eu aprendi muito sobre mim e sobre quem eu era. 

Apesar da rotina de treinos em tempo integral, Holcomb ainda concilia seus compromissos na pista com os estudos. Aluno do curso de Ciências da Computação na DeVry University, ele frequenta poucas aulas por ano e tenta se manter atualizado online. A conclusão do curso, no entanto, não tem previsão. Afinal, o bicampeonato olímpico em Sochi é prioridade absoluta.

Ajuda da BMW em busca de mais um ouro nos Jogos

Aos 33 anos, Holcomb paga o preço por competir em um esporte em que os patrocinadores individuais trabalham com cifras modestas. Tanto que, mesmo com o status de campeão mundial e olímpico, ainda mora no dormitório do Centro de Treinamento de Lake Placid, em Nova York – único lugar que diz poder pagar. Quanto ao investimento no equipamento da equipe americana, no entanto, ele não pode se queixar. No último ciclo olímpico, o Team USA fechou contrato com a BMW para a fabricação dos trenós de dois do país.

bobsled Steven Holcomb (Foto: Getty Images)O dia mais feliz da vida de Holcomb: a vitória no bobsled de quatro em Vancouver (Getty Images)

- É uma companhia de alta performance, e nós somos um time de alta performance. Eles foram ótimos até agora nos ajudando a desenhar um trenó. Claro que é um processo lento e ainda estamos aperfeiçoando tudo. Mas este esporte está sempre evoluindo. Novas tecnologias estão sempre sendo desenvolvidas, e as novas ideias estão sempre sendo postas em ação. É ótimo ter uma companhia tão boa atrás de nós, buscando a mesma perfeição que eu busco para mim mesmo.

Steven Holcomb buscará duas medalhas em Sochi. Nas duplas, ele estreia na pista de 1.800m do Complexo Sanki no dia 16 de fevereiro – a final será no dia seguinte. No quarteto, prova na qual defende a conquista de Vancouver 2010, a descida inicial será em 22 de fevereiro, com a briga pelo pódio um dia depois. Mais dois desafios para alguém acostumado a enfrentá-los de peito aberto. E a vencê-los.

Steven Holcomb Cerimônia Vancouver (Foto: Reprodução Facebook)Holcomb foi porta-bandeira dos EUA em Vancouver: '2º dia mais feliz da vida', segundo o atleta (Foto: Reprodução Facebook)
 
 
 

Primeira pesquisa que associa genética e degeneração macular relacionada à idade no Brasil foi realizada na Faculdade de Medicina da UFMG

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Imagem: reprodução internet

A genética pode ser o principal fator de risco para o desenvolvimento da degeneração macular relacionada à idade (DMRI). A doença é apontada pela Organização Mundial de Saúde como a principal responsável pela cegueira em países desenvolvidos e a terceira causa no restante do mundo. No Brasil, onde 5% dos casos de perda da visão são atribuídos à DMRI, a primeira pesquisa que associa a genética à doença foi realizada na Faculdade de Medicina da UFMG.

O estudo recebeu o Prêmio Baeta Vianna, entregue no final de 2013 aos melhores trabalhos de pós-graduação concluídos na Faculdade no ano anterior (2012). “No momento da escolha da pesquisa, a genética estava começando a ser associada efetivamente à degeneração macular. A presença em familiares era um fator de risco para que os pacientes a desenvolvessem e isto estava sendo avaliado no mundo inteiro, mas ainda não havia nenhuma pesquisa  no Brasil”, afirma Luciana Negrão Frota de Almeida, autora da tese de doutorado defendida junto ao Programa de Pós- Graduação em Ciências Aplicadas à Cirurgia e à Oftalmologia. O trabalho foi orientado pelo professores Luiz Armando da Cunha de Marco, do Departamento de Cirurgia, e Márcio Nehemy, do Departamento de Oftalmologia e Otorrinolaringologia.

A doença degenerativa atinge diretamente a mácula, região do centro da retina, provocando uma perda progressiva da visão central e levando à cegueira. Rara antes dos 40 anos e ainda sem causas bem definidas, a DMRI é uma doença multifatorial também relacionada às questões ambientais, alimentares ou à própria condição do olho. Indivíduos brancos, fumantes, mulheres e obesos são apontados como os mais suscetíveis.

Ponto chave

A pesquisa teve como objetivo investigar em uma amostra da população brasileira a associação entre a degeneração macular relacionada à idade com polimorfismos (variações genéticas presentes na sequência do DNA) em três genes: CFH, ARMS2  e VEGF.

Para isso, foram coletadas amostras de sangue de 163 pacientes portadores de DMRI, atendidos em uma instituição privada de Belo Horizonte, o Instituto da Visão, e de 140 pacientes sem DMRI, atendidos no Hospital São Geraldo, anexo do Hospital das Clínicas da UFMG. Através do sangue, foi possível extrair e mapear o DNA, que posteriormente foi analisado e comparado.

O primeiro gene analisado, CFH, é produtor de uma proteína que atua no processo inflamatório, responsável por impedir que a inflamação ocorra desordenadamente. Dessa forma, o gene com polimorfismo produziria uma proteína adulterada, alterando o sistema e favorecendo a inflamação.

O segundo gene, conhecido como AMRS2, apesar de ter uma função que ainda precisa ser estudada, já havia sido identificado em outras pesquisas pelo mundo como o segundo mais associado à doença.

O terceiro gene escolhido está relacionado à produção de vasos sanguíneos novos, caracterizados como “pouco competentes”, que sangram mais e tracionam a retina. É justamente a proteína produzida por este gene, com o mesmo nome de VEGF, que é combatida no tratamento atual da degeneração úmida (um tipo de degeneração macular), ou seja, o tratamento usa uma substância anti-VEGF, anulando seu efeito na retina. “Um ponto chave da pesquisa foi ter associado esse gene, devido à importância clínica e terapêutica da sua proteína codificada”, afirma Luciana.

Os resultados da análise indicaram que a população brasileira, apesar de muito miscigenada, segue o padrão mundial.  “Nós vimos que o polimorfismo do CFH e do ARMS2 está associado à degeneração macular na população brasileira. O VEGF também, mas em menor escala”, afirma.

Luciana Negrão lembra que dizer que a DMRI está associada a esses genes não significa exatamente que a doença depende deles, embora aponte que mais de 50% dos pacientes apresentem esses genes com polimorfismo.

Perspectivas

Atualmente, só a degeneração macular úmida, forma que atinge cerca de 10% dos pacientes, dispõe de tratamento – com alto custo e nem sempre eficaz. Estudos ainda estão sendo desenvolvidos para encontrar a melhor alternativa terapêutica.

Para Luciana Negrão, o ideal seria que, no futuro, o paciente com histórico familiar de cegueira relacionada à degeneração macular passasse por uma triagem genética. Segundo ela, esse tipo de exame não é muito acessível, mas também não é difícil de ser feito e nem inviável. A expectativa é que conforme sejam usados, esses exames fiquem mais baratos.

“Em um futuro, não muito longe, nós poderemos fazer estes testes como uma forma de diagnóstico precoce da doença, já que sabemos que quando se tem o polimorfismo nesses genes a chance de ter degeneração macular é 30 vezes maior”, afirma Luciana. “Também poderemos selecionar os pacientes em que o tratamento será melhor, ou avaliar a genética daqueles pacientes que não estão respondendo ao medicamento, entender o porquê e dar a eles um tratamento diferenciado”, concluiu.

Título: Associação de polimorfismos nos genes CFH, LOC387715 e VEGF com a degeneração macular relacionada à idade

Nível: Doutorado

Programa: Ciências Aplicadas à Cirurgia e à Oftalmologia

Autora: Luciana Negrão Frota de Almeida

Orientadores : Luiz Armando da Cunha de Marco e Márcio Nehemy

Defesa: 1º de março de 2012

 

 

in UFMG - Faculdade de Medicina

Seja temporária ou não, a cegueira causada por escuridão ou escassez de luz consegue apurar a audição. A conclusão é de um estudo das Universidades de John Hopkins e de Maryland, nos Estados Unidos, citado pela BBC.

Mundo

Cegueira causada por escuridão melhora capacidade de ouvir

Cientistas das Universidades de John Hopkins e de Maryland, nos Estados Unidos, publicaram na revista cientifica Neuron que a cegueira causada por escuridão, seja temporária ou não, melhora o sentido da audição.

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Neste estudo, os cientistas compararam a audição dos animais que estiveram no escuro por uma semana à de ratos expostos à luz natural. Os que se mantiveram na escuridão desenvolveram uma melhor capacidade auditiva, que se manteve mesmo quando voltaram a expor-se à luz solar.

Além disso, os ratos que estiveram sem ver foram capazes de ouvir sons mais suaves e apresentaram mudanças na estrutura do seu córtex auditivo, transferindo as partes do cérebro responsáveis pela visão para a audição.

Embora ainda não existam garantias científicas, estes estudiosos creem que as mesmas alterações observadas nos ratos possam ocorrer nas pessoas, o que, no futuro, irá melhorar os tratamentos nos casos de deficiência auditiva.

 

 

in Notícias ao Minuto

Projeto foi inspirado em um história da mitologia grega e criado na Itália

Aplicativo Arianna ajuda deficientes visuais a andar em ambientes fechados

A vida de um deficiente visual não é fácil e num mundo cheio de telas pode parecer que tudo fica pior, mas na verdade existem centenas de aplicativos para smartphones que ajudam o acesso de deficientes visuais a todos os tipos de informações muito mais facilmente do que seria possível sem a tecnologia.
 
Entre esses aplicativos e recursos podemos citar os livros em áudio, apps que reconhecem cores e utilizam a voz de uma assistente virtual, entre vários outros recursos de usabilidade que estão presentes em smartphones e tablets. Existem até mesmo aplicativos que dão instruções de direção, igual ao GPS, mas para os deficientes visuais nem todos cumprem a proposta tão bem como eles precisam. E além disso, sistemas de GPS não funcionam em ambientes fechados como casas e lojas.
 
Porém um solução criada por Pierluigi Gallo e pela Universidade de Palermo na Itália oferece ajuda na navegação em qualquer tipo de ambiente fechado e que não tem nenhum tipo de distração de áudio ou a necessidade de GPS. A ideia é surpreendentemente simples e se baseou na história da mitologia grega entre Ariadne e Teseu.
 
No mito, Teseu se oferece para matar Minotauro, que vive em um labirinto na ilha de Creta. Para ajudá-lo, Ariadne lhe dá uma espada e um novelo de linha para que ele solte o fio pelo caminho e depois de matar o monstro, consiga retornar do labirinto. 
 
A ideia do pessoal da Universidade de Palermo se aproxima da história e o aplicativo é chamado de Arianna, o nome Italiano para Ariadne e que também é uma abreviação para pAth Recognition for Indoor Assisted NavigatioN with Augmented perception. A ideia deles é fazer o mapeamento de uma rota por uma casa ou prédio utilizando fita adesiva colorida no chão.
 
Em um ambiente mapeado, o usuário aponta a câmera do celular para o chão e põe o dedo sobre a tela, o usuário precisa fazer um movimento com a câmera e então ele escaneia o caminho. Enquanto isso o aplicativo analisa os quadros produzidos pela câmera e detecta a linha conforme ela se move na tela. QR Codes colocados no chão podem dar ao usuário outras informações, como a localização de lugares como banheiros, bebedouros de água, lojas e assim por diante.
 
Eles já testaram o projeto em dezembro e disseram que funciona muito bem, porém já planejam algumas novidades para o futuro. Uma das ideias é usar linhas de infravermelho, que não são visíveis, mas que podem ser detectadas pelas câmeras dos smartphones. E esta sensibilidade ao infravermelho é atualmente um recurso sub-utilizados na maioria dos smartphones, como eles próprios apontam. 
 
Eles não disseram quando a ideia estará disponível nas lojas de aplicativos, nem quanto irá custar. A adoção desse tipo de recurso pode ser muito barata devido a larga adoção de smartphones e aparelhos disponíveis em várias faixas de preço. Além do aplicativo é necessário colocar as linhas em lojas e ambientes de uso comum, mas certamente não será algo caro.
in

Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), existem 314 milhões de pessoas com baixa de visão em todo o mundo, sendo 45 milhões cegos e 1,5 milhão de crianças cegas, entre as quais cerca de 100 mil estão na América Latina. No Brasil, 16,5 milhões de brasileiros sofrem algum tipo de deficiência visual e as crianças somam de 20 a 30% entre os atingidos por esses problemas.

Na oftalmologia, sabe-se que 75% dos casos de cegueira poderiam ter sido prevenidos ou tratados com a utilização da atual tecnologia disponível. Além disso, é estimado que 20% da população brasileira precisa usar óculos, sendo que, ao longo da vida, é praticamente impossível que exista alguma pessoa que não precise de alguma forma de correção ótica, seja para enxergar melhor de perto ou de longe.

Segundo o oftalmologista Álvio Isao, o envolvimento do oftalmologista no desenvolvimento da visão deve começar já no nascimento da criança, pois se a visão não se desenvolver satisfatoriamente durante a infância, o dano pode ser irreversível. “Em torno de 82% da população cega no mundo tem mais de 50 anos, então, vemos que a prevalência da cegueira vai aumentando conforme a idade. Tendo em vista que a população mundial está ficando cada vez mais velha, isso se torna preocupante. Mesmo assim, verifica-se certa redução do nível de deficiência visual desde os anos 90. Principalmente em razão da melhoria das condições sanitárias dos países em desenvolvimento, que reduz as doenças infecciosas, pelo aumento da disponibilidade dos serviços de atendimento oftalmológico e pela melhor conscientização da população sobre os problemas oculares”, alerta.

Para o médico, quanto mais as pessoas ficarem conscientes desse problema, menor vai ser o índice de cegueira, porque a população vai procurar o atendimento oftalmológico mais precocemente. Por isso é tão importante o exame oftalmológico periódico de seis em seis meses ou pelo menos uma vez por ano, desde a infância, pois ele não se limita ao diagnóstico de lentes, mas a outros exames que permitem identificar inúmeras doenças, assim como avaliar a evolução do diabetes, da hipertensão arterial e do glaucoma. Além dos problemas ligados diretamente à visão, também dores de cabeça, tonturas e enjôos podem estar ligados ao mau funcionamento do sistema ocular.

Tonturas e dores de cabeça podem estar envolvidas tanto com o labirinto, órgão localizado dentro do ouvido responsável pelo equilíbrio, quanto pela visão. Para que o tratamento seja correto, exame oftalmológico e exames auditivos devem ser realizados, dependendo do caso

 

 

in JM Online

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