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São quatro jogadores, todos com cegueira total, e vão agora participar no seu primeiro campeonato regional. Admitem, no entanto, que ainda causam alguns estragos.

O grupo de amigos reúne-se regularmente no bar local da sua pequena aldeia da Cornualha, na Inglaterra, e diz já acertar no alvo em duas de cada três tentativas.

Para se guiarem, os membros da equipa usam um fio preso ao centro do alvo. Quando vão jogar, seguram o fio com a mão livre, para saber a direção em que devem atirar, e lançam com a outra mão.

A equipa, que se chama os Otimistas, vai agora participar no seu primeiro campeonato regional.

Richard Pryor, um dos quatro membros dos Otimistas, explica ao Telegraph: "O senhorio [do bar] disse que o Rotary Club tinha organizado uma competição de dardos nos bares. Perguntou se queríamos formar uma equipa de dardos cega. Depois de três cervejas faço qualquer coisa, e dissemos que sim."

"Ainda ninguém se magoou," ri Pryor. "Mas já há alguns estragos na porta e à volta do alvo."

 

 

in Diário de Notícias

Alunas da Escola Profissional de Espinho foram premiadas pela Fundação da Juventude por um projeto que se propõe criar no Porto um roteiro turístico para invisuais e vão agora disputar essa proposta com outros jovens inovadores europeus.
País
Alunas do 11º ano criam roteiro turístico para invisuais

Em causa está o projeto "Blind Senses [Sentidos Cegos]", com que Ana Lopes, Caroline Alves, Diana Lago, Liliana Oliveira e Sofia Oliveira, alunas do 2.º ano do Curso Profissional de Técnico de Turismo, venceram a competição de ideias inovadoras em contexto de "Turismo e Mobilidade".

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Patrícia Martins é a docente que orientou o projeto e, em declarações à Lusa, realça que o "Blind Senses" nasceu da sensibilidade das próprias estudantes, que, após a sua pesquisa, "detetaram uma lacuna na oferta turística do Porto, que é o facto de não haver roteiros para este tipo específico de público".

"Hoje em dia dá-se muito destaque às sensações no que se refere a spas, programas de bem-estar ou gastronomia, mas a realidade é que não se explora isso na perspetiva das pessoas que, por não terem visão, até têm os outros sentidos mais apurados", explica a professora.

Ana Lopes, porta-voz as autoras do projeto, confirma que o objetivo do grupo era "criar algo diferente, que incluísse todo o tipo de turistas e permitisse que os não podem ver pudessem conhecer na mesma o Porto, nas suas diferentes formas".

A parte mais divertida na concretização dessa proposta foi "experimentar as coisas de olhos fechados", como se as cinco estudantes fossem invisuais, e a mais dececionante foi cortar no número de itens inicialmente previsto para o roteiro, "ou porque tinham acessibilidades difíceis, ou porque eram muito caros".

Ana Lopes garante que o roteiro definitivo propõe, ainda assim, "experiências muito boas", como a degustação de uma francesinha num estabelecimento reputado, para potenciar a descoberta de uma das maiores tradições da cidade ao nível do paladar.

Já no que se refere à audição e ao olfato, por exemplo, o percurso do "Blind Senses" inclui passagens pela Praça da Ribeira, para vivência do Douro, e continua pelo Mercado do Bolhão, onde Patrícia Martins diz que se irá apreciar "o aroma das frutas, das flores, e também o bulício próprio da clientela e os pregões dos comerciantes".

O tato, por sua vez, estará em destaque na Igreja de S. Francisco, onde os turistas invisuais à descoberta do Porto terão oportunidade de tocar a talha dourada e sentir as pedras dos claustros, numa experiência potenciada "por luvas de algodão".

Terá sido por esses e outros detalhes que o júri da Fundação da Juventude distinguiu o Blind Senses. "[O projeto] foi escolhido por unanimidade pela sua criatividade, inovação e exequibilidade", lê-se no site desse organismo. "É inclusivo, criativo e de fácil implementação, tendo as alunas feito uma abordagem muito profissional e com pleno domínio dos conteúdos", acrescenta.

A disponibilização efetiva deste circuito está dependente, contudo, da sua dinamização por empresas entidades do setor do turismo e hotelaria. Patrícia Martins revela que o projeto já foi apresentado a algumas empresas, mas desconhece ainda o que possa vir a resultar desse contacto.

Certo é que, no arranque do próximo ano letivo, as autoras do Blind Senses começarão a preparar a sua participação no concurso em que o projeto premiado pela Fundação da Juventude "deverá competir com as propostas que venceram em Espanha e Itália" - os países que, com Portugal, integram o cluster Sea Cities [Cidades Marítimas].

 

 

in Notícias ao Munito

Com o implante de um chip fotovoltaico na zona da retina é possível usar luz de infravermelhos para aumentar a capacidade de visão em cegos.
Tech
Implante de infravermelhos devolve visão a cegos

A Pixium Vision, empresa de investigação tecnológica na área da visão, está a desenvolver um dispositivo que ajuda a devolver parte da visão a quem seja vítima de cegueira, recorrendo apenas a óculos especiais e a um implante na retina.

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Este implante trata-se de um pequeno chip fotovoltaico, que recebe imagens em infravermelhos através dos óculos, que não só estimula o cérebro como também ajuda a carregar todo o dispositivo.

Até agora foram feitos testes em ratos de laboratório e conseguiu-se restabelecer a visão em 20/250, sendo que de acordo com o Engadget a eficácia em humanos deve situar-se em 20/120. O que serve para que o utilizador deste dispositivo já não seja considerado cego de acordo com os critérios estabelecidos pelos EUA

 

 

in Notícias ao Minuto

Investigação nas últimas duas décadas sobre a coroideremia, responsável por 4% dos casos de cegueira no mundo, dá ao presidente demissionário da Fundação para a Ciência e a Tecnologia e a sua equipa prémio de 200.000 euros.

 

É uma doença genética rara, afecta principalmente os homens e os primeiros sinais surgem logo na infância, com a perda da visão nocturna. Depois dos 50 anos, as pessoas estão praticamente cegas. Nos últimos 20 anos, Miguel Seabra, presidente demissionário da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), e a sua equipa dedicaram-se a estudar a coroideremia, que causa uma degeneração da retina. Além de descobrirem a sua causa, ajudaram a desenvolver uma terapia genética que está actualmente a ser testada e tem tido bons resultados. Por estes avanços, o cientista é distinguido esta quarta-feira com o Grande Prémio Bial de Medicina 2014, no valor de 200.000 euros.

A cerimónia de entrega tem lugar na Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra. Além de Miguel Seabra, que chefia o grupo da unidade de Mecanismos Moleculares da Doença, no Centro de Investigação de Doenças Crónicas (CEDOC), em Lisboa, a candidatura inclui as investigadoras Tatiana Tolmacheva, do Imperial College de Londres, no Reino Unido, Sara Maia e Cristiana Pires, ambas do CEDOC.

“[O prémio] representa o reconhecimento científico do trabalho efectuado ao mais alto nível, dado o [seu] prestígio”, considera Miguel Seabra, numa resposta dada ao PÚBLICO por escrito na terça-feira. O investigador começou a trabalhar neste tema há quase 25 anos, primeiro nos Estados Unidos e depois no Imperial College.

Na altura, sabia-se pouco sobre a doença, responsável por 4% dos casos de pessoas cegas a nível mundial e que surge numa em cada 50.000 pessoas. “Conheciam-se as manifestações clínicas, sabia-se que se tratava de uma doença genética, transmitida através do cromossoma sexual feminino X”, conta Miguel Seabra. Em 1992, deu-se o primeiro passo. “Descobrimos que os doentes não têm a proteína REP-1, produzida a partir do gene CHM, cujas mutações causam a coroideremia. A falta de REP-1 nas células da retina impede-as de transportar de um modo eficiente os nutrientes necessários e de excretar os produtos tóxicos. As células acabam por morrer, resultando em cegueira para o indivíduo.”

Estes resultados permitiram desenvolver um diagnóstico da doença e uma terapia genética que introduz o gene activo nas células da retina. Os resultados dos primeiros ensaios clínicos, em 2014, foram positivos. “Todos os olhos [dos doentes] injectados tiveram melhorias ou a estabilização da visão”, explica o investigador, referindo que, se os ensaios clínicos futuros tiverem resultados semelhantes, “a terapia pode ser oferecida a todos os doentes”.

Esta é a 16ª edição do prémio bienal do grupo farmacêutico português para “incentivar a investigação médica e promover a divulgação”, segundo a instituição. Além do grande prémio, o Prémio Bial de Medicina Clínica 2014, de um montante de 100.000 euros, foi atribuído a uma equipa liderada por Jorge Polónia, médico e investigador da Universidade do Porto, sobre o impacto do sal na saúde dos portugueses. 

Houve ainda duas menções honrosas, no valor de 10.000 euros cada. Uma atribuída à equipa de Tiago Bilhim, da Universidade Nova de Lisboa, por uma técnica pouco invasiva para tratar a hiperplasia benigna da próstata, o tumor benigno mais frequente nos homens com mais de 60 anos. A outra foi dada à equipa de José Castillo, da Universidade de Santiago de Compostela (Espanha), pelo desenvolvimento de uma terapêutica que permite minimizar as lesões provocadas pela morte de células do cérebro em caso de AVC ou de doenças neurodegenerativas. Com Ana Gerschenfeld

 

 

in Público

As lesões traumáticas oculares são a principal causa de cegueira em crianças nos países desenvolvidos e muitas das que acontecem em idade escolar estão relacionadas com a prática desportiva.

Os pais, professores e treinadores têm um papel fundamental na proteção dos olhos das crianças, devendo incentivar a utilização de materiais de proteção. Por ocasião do Dia Mundial da Actividade Física, que se assinala a 6 de Abril, a Sociedade Portuguesa de Oftalmologia (SPO) considera fundamental alertar a população para a necessidade da prevenção de lesões oculares durante a prática desportiva.

«A grande maioria das lesões oculares relacionadas com a prática desportiva pode ser prevenida. A ameaça é diferente consoante a actividade física/desporto. Em todos os casos é possível diminuir drasticamente o risco de lesão ocular através do uso de protecção adequada. Na verdade, a proteção ocular deve ser encarada como parte integrante de qualquer uniforme desportivo», defende Maria João Quadrado, presidente da SPO.

Os desportos com maior risco de lesão ocular envolvem projécteis/bolas de alta velocidade (ex. squash, paintball), tacos/raquetes (ex. hóquei no gelo, hóquei em campo) ou um elevado grau de contacto corporal intencional (desportos de combate) ou não intencional (ex. basquetebol, futebol, andebol, etc.). Desportos como natação e ginástica estão associados a um menor risco de lesão ocular.

Em desportos de ar livre (ex. ski, ciclismo), a utilização de lentes escuras, apropriadas para a prática desportiva, é recomendada para reduzir o risco de lesões oculares provocadas pela radiação ultravioleta (catarata, doenças da retina, cancro da superfície ocular, cancro da pele).

Maria João Quadrado explica que «todos os atletas devem usar material de protecção ocular adequado ao desporto que praticam. É importante ter em atenção o tamanho (adequado ao atleta), conforto e composição do equipamento de protecção (geralmente constituído por lentes de policarbonato, um plástico altamente resistente ao impacto). Esta indicação deverá sempre ser efetuada por um médico oftalmologista».

E lembra ainda que «as lentes de vidro não fornecem uma proteção adequada para a prática desportiva. Em algumas situações podem mesmo aumentar o risco ou a gravidade das lesões (ex.: quando as lentes de vidro se partem num embate, podendo levar a perfurações do globo ocular). Nos casos de baixa visão poderá ser indicada o uso de lentes de contacto. Esta medida não substitui, de forma alguma, a utilização concomitante de proteção exterior de acordo com tipo de desporto praticado».

A SPO recomenda a todos os atletas, profissionais e não profissionais, que vigiem a saúde dos seus olhos através de consultas regulares de oftalmologia.

 

 

in Diário Digital

Banco de Portugal diz que está disponível para com a Acapo, ou qualquer outra associação, fazer a análise da situação e resolver eventuais problemas.

“Para os bancos nacionais todos os cegos estão interditos", diz a Acapo Pedro Cunha

São cada vez mais as queixas de associados da Acapo — Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal “que se vêem impedidos de celebrar contratos de abertura de conta bancária e outros”. A denúncia foi feita nesta sexta-feira, pela direcção nacional da associação, num encontro com jornalistas, em Lisboa.

A associação diz mesmo que vai “recorrer aos meios judiciais que tem ao seu dispor para proteger os seus associados” contra o que considera ser uma prática discriminatória.

“Os bancos recusam que uma pessoa cega abra uma conta”, diz na Ana Sofia Antunes, presidente da direcção nacional da Acapo. Alegam que não conseguem garantir que essa pessoa tome conhecimento do conteúdo dos documentos que lhe são dados a assinar e que as pessoas cegas não sabem ler. “Mas as pessoas sabem ler e sabem escrever, só que não é com o código utilizado pelas pessoas que estão nos bancos”, prossegue.

A actuação dos bancos, pelo menos de alguns, estará relacionada, segundo Ana Sofia Antunes, com novas orientações, emitidas recentemente, do Banco de Portugal (BdP). Contactado pelo PÚBLICO o BdP faz saber através do gabinete de comunicação que "está inteiramente disponível para, em conjunto com a ACAPO e/ou com qualquer outra associação similar, analisar a situação relatada e, sendo o caso, adotar as medidas necessárias tendentes à sua eliminação".

Acrescenta contudo a seguinte nota: "No que se refere às normas regulamentares do Banco de Portugal sobre prevenção do branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo (Aviso nº 5/2013, de 18 de Dezembro) e, em particular, aos requisitos ali previstos para abertura de contas bancárias, julgamos não preverem as mesmas quaisquer procedimentos que possam inibir ou dificultar o relacionamento das instituições de crédito com as pessoas portadoras de deficiência visual."

A Acapo conta outra realidade, onde as dificuldades estão bem presentes. “As pessoas cegas sabem ler e são os bancos que não disponibilizam formas de aceder aos conteúdos, nomeadamente em formato electrónico, nem tão pouco autorizam os seus funcionários a fazer uma leitura presencial” dos documentos, diz a dirigente da Acapo. “Os bancos exigem a presença de notário ou advogado para reconhecimento presencial de assinaturas e termo de autenticação dos documentos assinados pelas pessoas cegas, o que acarreta custos que os particulares têm de suportar.”

Nalguns casos, prossegue a Acapo, exige-se uma “assinatura a rogo” — ou seja, alguém assina pela pessoa com deficiência visual, perante notário. Isto, “mesmo quando as pessoas cegas sabem assinar”.

Na prática, diz a Acapo, aplica-se às pessoas cegas o regime de interdição previsto no Código Civil — que diz no seu artigo 138 que “podem ser interditos do exercício dos seus direitos todos aqueles que por anomalia psíquica, surdez-mudez ou cegueira se mostrem incapazes de governar suas pessoas e bens”. Em suma: “Para os bancos nacionais todos os cegos estão interditos.” Para a Acapo, isto viola o direito internacional e nacional, nomeadamente a Convenção sobre os direitos das Pessoas com Deficiência e a Constituição da República Portuguesa.

 

 

in Público

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