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Habitar a Escuridão é uma exposição de fotografia do mexicano Marco António Cruz,, um ensaio fotográfico sobre a cegueira no México.
A exposição é composta por 50 fotografias a preto e branco captadas entre 1977 e 2005, sobre numerosos casos de cegueira, conjugando o testemunho da vida quotidiana dos invisuais no México com a grande sensibilidade social e artística de um dos maiores fotógrafos documentais deste país, e estará patente de 2 a 23 de Maio de 2012, na Fundação Champalimaud, em Lisboa.
Os pormenores da fuga dramática de Chen Guangcheng estão a correr mundo e quanto mais se sabe mais inacreditável parece. Desde saltar de um muro com dois metros de altura, passando por se esconder numa pocilga para fugir aos captores, a história de Chen tem todos os ingredientes de um sucesso de bilheteira, não fosse ser verdade.
Chen, que depois de fugir da prisão domiciliária onde se encontrava desde 2010 se refugiou na embaixada dos EUA na capital chinesa, despoletando uma crise diplomática entre Washington e Pequim, tem, até agora, mantido secretos os pormenores da fuga para proteger quem o ajudou a escapar.
Apesar disso, amigos, familiares e activistas que, de alguma forma, o ajudaram a chegar à embaixada norte-americana, foram já detidos e interrogados pelas autoridades chinesas.
Neste momento internado num hospital de Pequim, de onde está impedido de sair, Chen aguarda autorização se mudar para os EUA, na companhia da sua mulher e filhos. O activista dos direitos humanos que foi preso em 2006, por denunciar os abortos forçados e a política do filho único do governo chinês, decidiu, agora, públicos os pormenores de uma fuga que parece retirada da imaginação de um realizador de filmes de acção.
A fuga
Chen contou à AFP que no dia 20 de Abril, depois de quatro anos na prisão estatal e dois em domiciliária, decidiu que estava na altura de fugir.
À volta da pequena casa onde vivia tinha sido construído um muro de dois metros, para complementar a apertada vigilância. Saltá-lo foi o primeiro passo e, logo ai, fracturou um pé em três sítios, o que não o impediu de continuar a fuga.
Conhecendo bem a sua aldeia, arrastou-se até à pocilga de um vizinho e ai permaneceu «durante horas», explica Chen que esses foram os momentos em que esteve «mais preocupado», pois sabia que se fosse encontrado por algum dos 60 guardas encarregues de o vigiar «seria espancado até à morte».
Nessa noite, arrastou-se lenta e silenciosamente através de campos que conhecia bem, atravessou um rio e 21 quilómetros depois bateu à porta da casa de um amigo que não queria acreditar quando o viu.
«O homem cego escapou»
«O homem cego escapou» foi a senha que rapidamente passou entre amigos e activistas dos direitos humanos que se organizaram para levar Chen para outra província da China, onde já estaria mais seguro, e daí para Pequim, aonde chegaria seis dias depois de escapar.
Seria apenas nessa altura que as autoridades chinesas se aperceberam que Chen tinha fugido e estava na embaixada dos EUA. Começou então uma crise diplomática, com Pequim a acusar Washington de ter ajudado o activista a fugir, chegando à embaixada por 'meios anormais'.
Sabe-se agora que não houve interferência norte-americana na fuga do activista, apenas a sua motivação para ser livre conjugada com a ajuda de amigos e familiares. Ainda assim,não terá sido fácil, como Chen disse à AFP, «foi perigoso, muito perigoso».
In: SOL
O documento, disponibilizado nos formatos pdf e rtf, desenvolve-se à volta de quatro grandes questões:
O programa mostra que, apesar de muitos deficientes estarem casados e felizes ou não terem dificuldades para namorar, outros enfrentam uma gama variada de reacções e, às vezes, atitudes estranhas, principalmente quando o par não sofre de deficiência.
O programa discute também a era dos encontros pela Internet e um novo dilema que surgiu: um deficiente deve revelar a sua condição imediatamente ou esperar que as pessoas o conheçam melhor antes de contar sobre a sua deficiência.