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As dificuldades e desafios enfrentados por deficientes quando o assunto é o namoro são tema de uma série transmitida pela televisão britânica esta semana.
Em diversos relatos, deficientes físicos e mentais contam as barreiras que têm de superar para conquistar uma vida amorosa bem-sucedida.
Adrian Higginbotham, de 37 anos, conta que para ele, que é cego, as dificuldades começam no primeiro contacto, o ponto de partida para qualquer relacionamento.
«Não se pode entrar numa sala de modo casual e dar aquela olhada. Não se pode sorrir para alguém que já se viu duas vezes anteriormente a passar pela rua», diz Higginbotham.
Com um título provocante, o programa «The Undateables» (que poderia ser traduzido como «Os Inamoráveis») conta histórias como a de Higginbotham e tornou-se alvo de discussões acaloradas nas redes sociais principalmente por causa do título.
O programa mostra ainda uma agência de namoros especializada em pessoas com dificuldade de aprendizagem, a «Stars in the Sky», que assegura que os seus clientes chegam seguros ao local do encontro e ajuda-os a encontrar «a pessoa certa».
A agência diz já ter organizado mais de 180 encontros desde 2005, com um saldo de um casamento, uma união entre pessoas do mesmo sexo, três noivados e 15 relacionamentos sérios.
O programa mostra que, apesar de muitos deficientes estarem casados e felizes ou não terem dificuldades para namorar, outros enfrentam uma gama variada de reacções e, às vezes, atitudes estranhas, principalmente quando o par não sofre de deficiência.
Lisa Jenkins, de 38 anos, relata a sua experiência num encontro com um amigo de um amigo que não sabia que ela tinha paralisia cerebral.
«Entramos num bar e ele imediatamente desceu os degraus diante de nós. Eu tentei descer, mas simplesmente não consegui. Não havia corrimão», conta.
Quando o seu acompanhante perguntou se algo estava errado, Jenkins teve de contar sobre a sua paralisia cerebral.
«Eu podia ver a mudança no seu rosto. Ele ficou instantaneamente menos atraído por mim», diz.
«Eu já tive homens que se sentiam atraídos por mim, mas achavam que havia algo de errado com eles por isso.»
Jenkins conta que já chegou a ouvir de um potencial pretendente que «sempre teve interesse por sexo bizarro».
Numa sondagem feita em 2008 pelo jornal britânico The Observer, 70% dos entrevistados disseram que não fariam sexo com um deficiente.
Shannon Murray, uma modelo na casa dos 30 anos, há 20 numa cadeira de rodas, conta que, quando era adolescente, alguns rapazes lhe ofereciam uma bebida e em seguida perguntavam se ela ainda podia fazer sexo.
O programa discute também a era dos encontros pela Internet e um novo dilema que surgiu: um deficiente deve revelar a sua condição imediatamente ou esperar que as pessoas o conheçam melhor antes de contar sobre a sua deficiência.
Murray - que tem sempre no seu telefone uma lista de bares e restaurantes com acesso fácil para cadeiras de rodas, com medo de parecer pouco independente num primeiro encontro - diz que já fez os dois.
Ela conta que em apenas uma ocasião um pretendente resolveu abandonar a relação após descobrir que ela era deficiente.
Murray diz que tentou também a abordagem oposta, colocando num site de relacionamento uma foto em que a sua cadeira de rodas era bem visível e uma frase bem-humorada, dizendo que, se o interesse da pessoa era escalar o Everest, ela não poderia ir junto, mas ficaria no campo base e tentaria manter a tenda aquecida.
«Esperava que, revelando a minha deficiência assim, no início, geraria menos interesse, mas acabei por receber mais respostas do que quando escondia a cadeira. Fiquei entre as cinco mulheres que receberam mais atenção no site naquela semana», conta.
In: Diário Digital