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De acordo com uma pesquisa, crianças acima do peso ou com obesidade apresentam um risco maior de desenvolver uma condição cerebral que pode levar à cegueira. A análise, liderada por um pesquisador dos Estados Unidos, avaliou dados de 900 mil crianças com idades entre dois e nove anos. Eles observaram, então, quais delas apresentavam hipertensão intracraniana idiopática, que é um aumento da pressão na cabeça que pode levar à cegueira.

Os resultados mostraram que 85% das crianças com hipertensão intracraniana idiopática eram do sexo feminino e 73% estava acima do peso. Comparado com o risco de uma criança de peso saudável, o risco do problema se mostrou 16 vezes maior em crianças com obesidade grave, seis vezes maior em crianças com obesidade moderada e 3,5 vezes maior em crianças acima do peso.

Os principais sintomas ligados à hipertensão intracraniana idiopática são dor de cabeça, visão embaçada, náusea e anormalidades no movimento dos olhos. Para o autor do estudo, a nova pesquisa é a maior evidência entre obesidade e problemas visuais em crianças.

Embora a obesidade infantil possa ser evitada com a adoção de hábitos saudáveis por toda a família, o número de crianças acima do peso está crescendo. Uma em cada três crianças com idade entre 5 e 9 anos estão com peso acima do recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Ministério da Saúde.

Não adianta se enganar: é função dos pais oferecer uma dieta balanceada aos filhos. Desde cedo, as crianças devem adotar hábitos saudáveis, aprendendo a comer bem até mesmo fora de casa.

A criança deve comer cinco ou seis refeições (café da manhã, lanche da manhã, almoço, lanche da tarde, jantar e ceia) em locais apropriados e horários pré-estabelecidos. As guloseimas não devem ser proibidas, mas sim oferecidas em porções controladas, por exemplo, um pacotinho com três bolachas recheadas. Não se esqueça de não deixar as guloseimas ao alcance da criança. Evitar consumo excessivo de salgadinhos, frituras, refrigerantes, doces e guloseimas em geral, limitando o uso destes a uma vez por semana no máximo.

Sempre tenha em casa legumes, verduras, salada, frutas, iogurtes, cereais matinais e sucos naturais. Ajude as refeições fracionadas a virar rotina do seu filho, diminuindo assim o volume dos alimentos ingeridos nas refeições principais. Estimule o uso de saladas cruas. Para torná-la mais atrativa acrescente complementos como kani kama, atum ou queijos magros. Uma boa dica é montar pratos de saladas bem coloridos e variados, ou seja, que sejam atrativos para as crianças.

Passe a usar mais produtos integrais, diminuindo a quantidade dos refinados. Substitua os refrigerantes por sucos naturais e não deixe que a ingestão de líquidos junto às refeições, seja maior que 250 ml.

 

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