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Das 18 pessoas que receberam um transplante de células estaminais na retina, a maioria teve melhorias na visão. Foram tratadas as duas causas mais comuns de cegueira incurável no mundo desenvolvido.
Um dos pacientes era criador de cavalos, com a visão muito deterioridada e completamente cego de um dos olhos. Depois do transplante e do tratamento que se lhe seguiu, esse paciente já pode montar a cavalo, e ver mesmo pormenores como os fios de arame farpado. Tem agora uma capacidade de visão de 50% do total, suficiente para poder conduzir, por exemplo.
O tratamento consiste num transplante de células estaminais embrionárias na retina. As células estaminais podem transformar-se em células de qualquer tecido do corpo, e neste caso tinham sido transformadas em epitélio pigmentário retinal, o tipo de células que faltavam aos pacientes para que os seus olhos pudessem absorver luz e criar imagens.
Dos 18 pacientes que foram tratados, dez tiveram melhorias substantivas, sete melhoraram moderadamente ou estabilizaram, e um sofreu perdas. O estudo, feito por um conjunto de universidades e cientistas americanos e publicado hoje no The Lancet, resulta de um acompanhamento de três anos aos pacientes que receberam o transplante. Dos pacientes, nove tinham degeneração macular e outros nove tinham doença de Stargardt.
Steven Schwartz, do Instituto Oftalmógico Jules Strein da Universidade da Califórnia e co-autor do estudo, afirma, citado pelo El País, que a principal mensagem do estudo é de esperança. Embora sejam ainda precisos muitos testes clínicos, Robert Lanza, chefe científico da Advanced Cell Technologies, arrisca dizer que, se tudo correr bem, "os transplantes poderão estar em uso a grande escala em 2020."
in DN Ciência